Poesia: Um Pouco das Sensações

Carta de amor escrita por Clark C. Moore em 1958

As palavras me fogem e eu fujo delas, para um lugar qualquer em busca de um sinal, que não sei lhe dizer do que se trata. Com as mãos amparando a cabeça vou existindo enquanto vozes ao lado contam histórias que não sei o que são.

Não quero fazer parte de uma legião sem nome, que fica à espera de algo que deveria ser, mas não é. Lembro de coisas que aprendi, mas esqueci. Talvez eu nem tenha aprendido nada. E isso não me incomoda, inteiramente, porque nem tudo se deve aprender, não é mesmo? Procuro ir além das aparências, mesmo não sabendo se isso tem alguma coisa a ver com aprendizado, esquecimento, sinais e palavras fugitivas.

Porque se disser que “eu sei”, acabo confessando que atrás desses pensamentos aleatórios, existe um único nome, e que essas palavras trata-se de uma carta de amor. Então sem vergonha continuo mentindo que não sei que não entendo e que tudo não passa de letras que querem dizer exatamente o que eu não disse. 

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